quinta-feira, 27 de novembro de 2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Apetece-me fazer humor...



Mário Machado confessa: «Isto não é uma saudação nazi. É que eu tenho uma tendinite nos ombros e preciso de vez em quando de esticar o braço. Aqueles juízes comunas é que não percebem...»

sábado, 11 de outubro de 2008

Brideshead Revisited

Estou embuído numa reverie de pensamentos ao ouvir a espectacular banda sonora de Adrian Johnston da adaptação fílmica do romance de Evelyn Waugh, Brideshead Revisited.

As complexas e lustrosas melodias conferem a carga emocional necessária ao filme que exprime a desilusão romântica pós-vitoriana e ao mesmo tempo, é em si mesmo também, uma exploração do sentimento romântico.



quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Sobre o casamento gay

Já há muito tempo que tenciono escrever estas linhas, primeiro porque porque sou homossexual, logo sinto que este assunto me diz respeito. E embora este tópico deva pôr toda a sociedade civil a pensar, para os que ainda não formaram opinião apresento aqui uma visão muito própria sobre este assunto e que, de resto, me demarca do denominado lobby gay.

Há muito que a opinião pública tem a visão de que todos os homossexuais são representados pelas associações lgbt e que o homossexual mediano tem o perfil do extravagante em plumas na parada gay. Está na altura de crescermos um bocadinho e tomarmos consciência que os homossexuais são um conjunto de gente tomado em abstracto que unicamente só têm em comum a sua orientação sexual. Se bem que a esquerda muito tenta homogeneizar este grupo de pessoas para os seus fins políticos e eleitoralistas, o facto é que há muita coisa que não é debatida como deve ser dentro do lobby gay por esta mesma razão.

Para tomarmos consciência dos dois lados neste debate exponho aqui primeiro as duas visões extremistas para depois materializar a minha opinião mais moderada sobre este tópico.

Por um lado temos a perspectiva de gente como João César das Neves, o pitbull da Opus Dei, que classifica a homossexualidade de "aberração" e equipara esta reivindicação do casamento gay à extensão do casamento entre pessoas e animais ou mesmo entre parentes. Se bem que à primeira vista parece que estamos a debater no campo do ridículo o facto é que há uma linha de pensamento que aqui sobressai. Será o casamento algo puramente arbitrário? Algo que o estado estatui a seu bel prazer ?
O casamento é como alguém já disse, uma instituição milenar, e que só foi significativamente alterada pela introdução do divórcio. O casamento é prática civil nos dias de hoje mas historicamente provém de uma herança religiosa, variando a sua prática consoante a confissão. Há também um papel social que o casamento desempenha, é o de conferir estatuto à prole do casal, por exemplo na responsabilização dos progenitores na educação do seu filho (algo que Lobo Xavier explicou de maneira errada na sua Quadratura do Ciclo).

Depois há a perspectiva do dito lobby gay, onde se reivindica o casamento como um direito tendo como tese fundadora o chamado princípio de igualdade. "Igualdade" ao que parece é uma palavra que é usada para tudo hoje em dia. Nas palavras de Vasco Pulido Valente : "os portugueses preferem sempre ser iguais a serem livres". Agora igualdade do quê ou entre quem ? A nossa constituição diz alguma coisa sobre isto no seu artigo 13º alínea 2:

«2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.»

Estas afirmações parecem categóricas e explícitas. Mas a interpretação que se podem fazer delas é ambígua. Será a igualdade um direito absoluto ?

Se eu quiser ser tão rico como o meu vizinho advogo o meu estatuto de igualdade para que o estado me forneça os mesmos bens que aquele possui por razão de ele ser heterossexual e eu não, ou de ele ser de esquerda e eu de direita. Será isto que realmente quer dizer a alínea 2 ? Pouca gente dirá que sim. O princípio de igualdade aplica-se num conjunto de circunstâncias próprias que tornam dois sujeitos comparáveis.

O casamento gay já foi colocado no plano dos direitos fundamentais. Será mesmo um direito fundamental ou um privilégio contratual concedido pelo estado ? Estou mais propenso a pensar que é um privilégio.
Se bem que a expressão "orientação sexual" tenha sido introduzida na constituição já no século XXI, duvido que a intenção original dos legisladores fosse o de re-definir o conceito de casamento. Não o era concerteza, e se não o era, então o estado não discrimina ao aplicar uma medida contratual, denominada matrimónio civil, e que à partida já estava definida para ser concedida a indivíduos de sexo diferente.

Mesmo sendo re-definido o conceito de casamento, o artigo supracitado será por força das circunstâncias aplicável aos casais homossexuais no caso da adopção de crianças. Se se chama de casamento também à união de pessoas do mesmo sexo como é que à luz da constituição se pode impedir a adopção de crianças por casais homossexuais ? Isso sim já envolveria discriminação por natureza do matrimónio. No entanto é o que o projecto do PEV propõe. O assunto da adopção merece discussão à parte noutro artigo.

Apesar disto tudo julgo sinceramente que há também alguma substância naquilo que o lobby gay reivindica. Porque há um lado prático nisto tudo e que facilita a vida às parelhas homossexuais nomeadamente no que diz respeito a heranças ab intestato ou coisas simples como visitas hospitalares.

Sendo estes os argumentos em debate agora chega a altura de expôr o meu pensamento. Sendo eu um conservador sou concerteza sensível àqueles que receiam pela redefinição do casamento. No entanto creio que há uma via de compromisso a que se pode chegar.

Aqueles que pensam que o casamento gay é algo que irá destruír a família tradicional enganam-se. De facto dos países do mundo que legalizaram o casamento homossexual verifica-se que o casamento religioso aumentou, precisamente porque as pessoas se querem fazer diferenciar nesse campo.

Assim sendo, porque não chamar de união civil, como se faz em S. Francisco em vez de chamar casamento à união entre pessoas do mesmo sexo ? Isto é uma ideia que não é nova e já foi veiculada por Marcelo Rebelo de Sousa por exemplo. Desta forma não é necessário alterar a definição tradicional de algo que já existe mas introduz-se um outro tipo de contrato jurídico próprio para pessoas do mesmo sexo. A união civil pode incorporar alguns ou mesmo todos os privilégios contratuais conferidos pelo casamento conforme a especificidade que requeira uma união entre pessoas do mesmo sexo.

Terão os homossexuais que mimetizar ou reflectir tudo o que os heterossexuais fazem ou podem fazer ? Fará isto algum sentido ? Sendo óbvio e patente que a homossexualidade é objectivamente diferente da heterossexualidade, e digo isto sem desvirtuar nem uma nem outra situação. Ninguém aqui está a querer medir afectos, trata-se somente de observar os traços comuns e as diferenças entre uma e outra situação. Os traços comuns já sabemos, as diferenças também convém realçar.

Esta "igualdade" de que se fala não pode ser uma imposição cega e descontextualizada. Até porque aposto que o casamento gay não é propriamente a principal preocupação dos homossexuais deste país. Havendo ainda muita homofobia no interior do nosso país, é duvidoso que com ou sem casamento, os homossexuais que vivam num meio adverso se sintam melhor.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Nota solta...

Não sendo economista nem tendo qualquer formação nenhuma nessa área, acho que o pior sinal que o governo americano podia emitir era criar esta escapadela de $700 biliões em troca de acções de empresas falidas.

Primeiro há questões ainda por responder e o FBI neste momento está a investigar a possível hipótese de fraude ou de uso irresponsável de fundos.

Segundo, o mercado tem o seu próprio sistema imunitário e o Barclays plc por exemplo já adquiriu alguns bens da Lehman's e tem em vista obviamente torná-los lucrativos.

Terceiro, gera estímulo para que aconteça mais do mesmo, ou seja fará com que os maus gestores continuem a perder dinheiro e que o crédito de alto risco continue a ser concedido.

Lógico que a seguir ao anúncio deste "bail out" as bolsas subiram a pique no dia seguinte mas a consequência a longo prazo pode ser pior.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Religião

Segundo um artigo do Telegraph, a Igreja Anglicana pede desculpa a Darwin por o ridicularizar aquando da sua publicação sobre a evolução das espécies.

Nem sempre a ciência e a religião se têm dado bem ao longo da história. A melhor maneira de as conciliar é garantir que uma não invada o terreno da outra. A última invocação de Deus num artigo científico data do século XVIII. A partir daí a divindade deixou de ter papel na ciência como modo de explicação dos fenómenos naturais.

Por cá a religião já é tacho político. Mário Soares preside a comissão para a liberdade religiosa. Seria de esperar que alguém entendido em teologia ou fizesse parte do diálogo ecuménico fosse o escolhido para integrar uma comissão deste género. Em vez disto um socialista laico que não sabe o que fazer com o tempo livre tem um lugar garantido pelo executivo de Sócrates.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Sarah Palin

Parece que os republicanos tiveram a coragem de fazer aquilo que os democratas foram tímidos demais para fazer. Escolher uma mulher como candidata para um cargo presidencial.

Sarah Palin é a nova candidata vice-presidencial que irá concorrer com John McCain.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

domingo, 17 de agosto de 2008

Republicano laico e socialista


Esta bela foto da Comissão Eleitoral de unidade democrática a oposição ao antigo regime tem uma estátua familiar por detrás de Mário Soares. Haverá dúvidas que os socialistas são os herdeiros da 1ª república ?



Subitamente a república de bela musa transforma-se numa velha sem graça...


Desci o poço da sabedoria.

domingo, 3 de agosto de 2008

Brasões

Interessante o que se consegue fazer no Corel draw. Actualizei o meu site: www.monarchia.org




terça-feira, 29 de julho de 2008

Sobre monárquicos

Na entrevista que Marcelo Rebelo de Sousa deu ao Magazine Grande Informação este afirma "os nossos monárquicos - com raras e honrosas excepções - foram mais legitimistas e integralistas do que liberais [...] restaria encontrar à direita um espaço redescoberto ou reconstruído de monárquicos liberais [...]".
Sobre esta afirmação é custoso admiti-lo mas é verdade.

Os monárquicos nunca recuperaram da guerra civil que dividiu as duas causas e ao contrário do que sucedeu em Espanha as divisões não sararam com o tempo, agravaram-se até com a instauração da república tendo os ministros e todo o corpo do executivo revelado uma impotência geral em acalmar insurreições armadas e inabilidade em defender o regime. Neste panorama o legitimismo revela-se como o farol da ordem e da tradição, um regresso às raízes algo utópico, acalentado por ideologias nacional-socialistas que entretanto entram em voga pela Europa.

Mas a causa liberal não morreu. Ela subsiste ainda apesar de ser discreta. Com isto não quero dizer que ainda hajam absolutistas nos dias de hoje. Existe uma elite intelectual nos círculos monárquicos que são confessamente liberais, entre eles Augusto Ferreira do Amaral (barão de Oliveira Lima) e Luís Aguiar Santos.

Simplesmente a rixa entre lealistas e legitimistas transpôs-se agora para a dualidade tradicionalismo versus modernismo. E isto define-se na postura e na defesa dos valores que os monárquicos defendem.

Ocorre-me neste momento a dissidência organizada por Nuno da Câmara Pereira tendo como pretendente principal ao trono português, o seu primo o duque de Loulé. Isto é reflexo dum mau-estar já imbuído e, desde há muito tempo, presente no meio monárquico. O ataque vitriólico e pessoal que o Sr Pereira lançou contra o príncipe D. Duarte é um sinal de inquietitude entre os círculos tradicionalistas. Por monárquico tradicionalista entenda-se fadista, marialva, machista, misógeno, temente a Deus e defensor da família (no pior sentido). Designadamente com doutrinas que oscilam entre a social-democracia e municipalismo até à defesa da monarquia católica, "orgânica" e integralista defendendo o velho contratualismo entre o poder monárquico e os cidadãos, define-se assim o "monárquico tradicionalista". Esta descrição é em quase tudo um estereótipo, um lugar comum.

Lançando os olhos pelo livro "Usurpador" vislumbram-se ataques pueris à pessoa de Sua Alteza Real, como a possibilidade de um genro seu pertencer a uma loja maçónica e de D. Isabel descender dum republicano notável no seu tempo, o visconde da Ribeira Brava e há também a história anedótica de como Nuno da Câmara Pereira decidiu auto-intitular-se Comendador-Mór duma ordem honorífica criada durante o absolutismo.

Se calhar estou a ir longe de mais ao dizer isto mas parece-me irónico que o herdeiro da linha miguelista é hoje liberal e o herdeiro da linha liberal (Loulé) o tradicionalista.

Sobre a pretensão em si do duque de Loulé já discuti aqui. Julgo que numa perspectiva séria tem algum peso mas na letra da lei é a de D. Duarte que tem mais força. Assim o julgaram também os monárquicos em 1932 e outra vez em 1976.

A clivagem lealista/legitimista ainda existe no meio monárquico e ainda está bem acesa. Não beneficia a causa mas persiste.

domingo, 20 de julho de 2008

Os dias loucos do PREC

Comprei hoje este livro. É um apanhado fotojornalístico do período pós-revolucionário e que relata muitas barbaridades da esquerda.
Na altura em que ainda existia a guerra fria esquerda que se prezasse era extremista.


Fiquei então a saber que em '75 se criou um "Movimento para a contracepção e aborto livres e gratuitos" (MCALG), uma delegação do MFA visitou Cuba, houve tentativas frustradas de ilegalizar o CDS e o PDC e um milhão de hectares de terra esteve em vias de expropriação - "a terra a quem trabalha". Rosa Coutinho entrega Angola de mão beijada e Spínola é forçado a fugir do país.

A herdade do duque de Lafões é invadida por populares de Aveiras. Este assunto foi abordado num documentário excelente chamado "Torre Bela" de Thomas Harlan.

Tudo coisas feitas em nome duma falsa promessa de liberdade e que marcaram fortemente o país.

domingo, 13 de julho de 2008

Lei da Memória

Fernando Rosas, professor catedrático na FCSH, uma das maiores autoridades históricas do Estado Novo, tem também um pequeno defeito. Uma mácula no seu currículo. É um Trotskyista radical.



O debate sobre a criação do museu Salazar dividiu esquerda e direita na Assembleia como seria de esperar.

Mas para qualquer pessoa comum é difícil compreender as razões apresentadas por Fernando Rosas. O espólio museológico é insuficiente ? Tornar-se-ia um santuário obsoleto para a extrema-direita ?

Já tive oportunidade de afirmar no Fórum Nacional (sim já frequentei esse antro de radicais) e posso dizê-lo de novo. Ninguém tinha ouvido falar de Santa Comba Dão até surgir o ditador. A terra, goste-se ou não, ficou inevitavelmente ligada a Salazar e está no seu direito que, com o consentimento dos herdeiros actuais, a autarquia decida explorar o potencial museológico deste espólio pessoal doado, para seu benefício.

Santuários para a extrema-direita existirão sempre, lembro-me da peregrinação ao túmulo de Salazar, um evento macabro mas que já mereceu lugar nos noticiários.

É ingénuo pensar que o efeito de criar tal museu seria de dissuadir as gentes locais de nutrirem sentimentos democráticos. Está-se a colocar intenções no acto onde não as há. Será que todos os que visitam o palácio da Ajuda são monárquicos ? Quem me dera ! Será que uma exposição de Saramago é só para comunistas ?

Agora a verdadeira cereja no bolo. Uma Lei da Memória. Para que as pessoas nunca se esqueçam. Faz-me lembrar aqueles Ministérios da Informação existentes nos países de terceiro mundo. A informação é fornecida por órgãos institucionais para que esta não seja "alterada", não vá uma pessoa mais incauta perceber que o Estado Novo beneficiou de períodos de apoio popular ou que o presidente do conselho tenha feito alguma coisa de bom para o país.

Quando a história é contada de uma perspectiva maniqueísta das duas uma: ou é ensinada a crianças ou destina-se a manipular as pessoas.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Serão os homossexuais gente promíscua ?



Nah! Têm é mais apetência para aquilo que é bom.

Benvindo ao meu blogue!

Será que José Sócrates namora com Diogo Infante ?
Será que o Kapinha se sente bem a fazer os concursos nocturnos da TVI ?
Será o Cláudio Ramos realmente heterossexual ?
Será o filho de José Castelo branco realmente um clone dele mas com mais testosterona ?

A resposta a estas e a outras perguntas não as encontrará aqui. Mas diga lá que não as gostava de ver respondidas hein ?!

Sobre mim: Sou conservador, monárquico, liberal, gay e (onde já se viu) cristão. Tudo isto numa só embalagem.

Vou fingir que percebo de política e de assuntos mundanos neste espaço e dar, já agora, o meu desabafo.